Aplicação do sistema de escoramento e o sistema ideal para sua obra

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Introdução: Por que o escoramento decide o sucesso do concreto?

Se a fôrma é o molde do concreto, o escoramento é o esqueleto que sustenta esse molde até que a estrutura atinja a resistência para a desforma. A falha nessa sustentação pode se converter em fissuras, recalques ou até colapso. Em um cenário de multas de entrega diárias, margens pressionadas e exigências de segurança cada vez mais rígidas, o engenheiro não pode tratar a escolha do escoramento como simples “aluguel de escoras”.

• Produtividade: um sistema mal dimensionado trava grua, bomba de concreto e equipe de acabamentos.

  
  

• Custo: refazer laje ou viga pode consumir 3 × o orçamento previsto para escoramento.

  
  

• Segurança: 30% dos acidentes de concretagem no Brasil (ABRACON/2024) decorrem de falhas de apoio temporário.

  
  

Este guia mergulha nos principais aspectos dos sistemas de escoramentos e os seus tipos, e ao final você terá um checklist prático para escolher, comprar ou alugar com segurança.

O que é escoramento? (definição e terminologia)

Escoramento é o conjunto multidisciplinar de elementos temporários que recebe, distribui e transfere ao solo a pressão exercida por:

1. Concreto fresco (densidade ~24 kN/m³).

2. Armaduras, tubulações embutidas e peso do pessoal.

3. Vibrações de adensamento e vento incidente (quando a laje está aberta).

Termo	Significado	Situação prática
Escora	Elemento vertical (único) que trabalha em compressão.	Escora metálica regulável, pontalete de madeira.
Escoramento	Conjunto de escoras + vigas + travamentos + fôrma.	Sistema modular de vigas H20 + escoras.
Cimbramento	Usado historicamente para estruturas de madeira pesada; hoje virou sinônimo de escoramento robusto.	Ponte rodoviária, vãos ≥ 20 m.

Como o sistema funciona (fluxo de forças e normas)

1. Carga vertical atua sobre a face da fôrma.

2. Vigas secundárias (VM 8) transmitem o esforço para longarinas.

3. Escoras recebem carga concentrada; cada uma deve suportar sua fração de peso calculado.

4. Sapata ajustável distribui para solo/estruturas inferiores; deve ter placa ≥ 120 cm².

5. Diagonais e forcados travam a flambagem lateral.

Normas de referência:

• ABNT NBR 15696 (projeto e execução).

• ABNT NBR 6122 (fundação: avaliação de recalque).

• NR-18 (item 18.13, Anexo III – Escoramentos).

ACI 347-R21 (Guide to Formwork for Concrete), quando se adotam boas práticas internacionais.

Principais tipos de escoramento

Escora metálica regulável

• Tubo Ø 48 mm, aço galvanizado.

• Altura útil comum das escoras: 1,80 – 5,50 m .

• Resistência típica: 20–30 kN a 3,00 m (fator de segurança 2).

• Vantagens: ajuste rápido, vida > 100 ciclos.

• Limite: lajes muito altas, usualmente, exigem a utilização de torres.

Escora de madeira (pontalete) -

Embora o pontalete de madeira seja uma opção de baixo custo inicial, apresenta desvantagens significativas:

• Umidade → redução ≈ 40 % resistência.

• Variabilidade de seção → cálculo conservador = mais peças.

Geração de resíduos (descarte + transporte).

 Uso residual: pequenas reformas, obras rurais, apoio complementar.

Escoramento Industrial

• Quadros modulares de aço (1,00 × 1,50 m típicos).

• Travamentos diagonais e pinos de encaixe sem parafusos.

• Altura ilimitada (dentro do cálculo) – ideal para pé-direito > 5 m, pré-lajes, vigas alveolares, pontes.

• Pode servir como torre de escada ou plataforma aproveitando o mesmo módulo.

Andaime multidirecional como escoramento

• Poste metálico com disco de conexão a cada 50 cm libera montagem em 360°.

• Resolutivo em diferentes geometrias (rampas, degraus, conchas).

Integra plataformas de serviço, guarda-corpo e rede de proteção.

Cimbramento pesado (viga metálica + macaco)

Empregado em viadutos e pontes:

• Perfis I ou W espaçados 1,5 – 2,0 m.

• Macacos hidráulicos para descimbrar rapidamente e reaproveitar vigas.

Pressões calculadas em kN/m (linhas contínuas) e não por ponto.

Onde cada tipo gera mais valor (cenários amplos)

1. Condomínios de repetição → Escora metálica regulável + vigas metálicas ou de alumínio.

2. Galpão logístico 12 m livre → Escoramento industrial + vigas metálicas.

3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) → Andaime multidirecional para tanques de decantação circulares.

4. Passagem inferior rodoviária → Cimbramento pesado reduz a interferência no tráfego.

5. Obras de retrofit (pé-direito existente 4,2 m) → Escoras Alumínio (peso ≈ 13 kg) para evitar grua (sistema AQ FLEX).

Critérios de escolha detalhados

Critério	Como avaliar	Exemplo numérico
Carga	Soma: concreto + armação + pessoal + equipamentos.	Laje 18 cm: 0,18 m × 25 kN/m³ = 4,5 kN/m² + 1 kN/m² (pessoas) = 5,5 kN/m² → painel 1,5 × 0,5 m exige escora ≥ 4,1 kN.
Altura	Verifique a carga e o pé-direito da estrutura	Se laje 4,7 m → use torre ou duplique escoras.
Prazo e ciclo	Ciclo curto → drophead para desforma parcial em 24 h.	Prédio residencial: manter as vigas secundárias do sistema AQ Flex nos trechos que permanecerão reescorados.
Logística	Peso por peça / volume por m².	Escora aço 26 kg vs. Alumínio 14 kg.
Assistência	Assistente técnica	Aquasolis inclui visita de assistente técnico

Erros comuns e como evitá-los (cases reais)

Erro	Consequência	Prevenção
Retirar escoras antes do concreto atingir 70 % fck	Fissuras em laje; recalque de 8 mm observado em 2022 (obra em BH)	Determinar no projeto qual escoramento deverá ser retirado e informar as partes interessadas.
Terreno sem compactação	Sapata afunda; torre inclinadas	Compactação do solo antes de iniciar o escoramento da estrutura
Escoras empenadas reutilizadas sem inspeção	Falha local → efeito dominó	Check-list a cada ciclo; caso a flecha > L/200, substitua o material danificado .
Ausência de travamento	Vento de moderados a fortes ou a própria carga da  estrutura podem causar flambagem.	Travamento por diagonais ou tubos metálicos no escoramento.

Mini-glossário

Termo	Definição rápida
Drophead	Cabeçote que libera vigas/placas mantendo escora de reescoramento.
Forcado	Acessório que apoia vigas secundárias sobre a escora.
Viga Metálicas (VM) ou Viga de Alumínio (VA)	As vigas metálicas podem ser as VM 13 ou VM 8 e as VA podem ser a primária ou secundária que trabalham no mesmo nível.
Sapata	Acessórios que transmitem as cargas das escoras e/ ou torres
Reescoramento	É o processo de reposicionar escoras (ou instalar novas) após a retirada do escoramento principal, com o objetivo de distribuir o peso residual da estrutura, evitar deformações (fissuras) e a desforma de parte da estrutura.

Perguntas frequentes

1. Posso reutilizar escoras metálicas em obra externa sem galvanização? 

Pode, porém a oxidação reduz ciclos; aplique pintura epoxy ou galvanize a quente.

2. Existe limite de altura para escora regulável? 

Catálogos indicam até 5,0 m; acima disso use torre de carga.

3. Qual é a pressão máxima de concretagem considerada? 

50 kN/m² para concreto normal vibrado; até 70 kN/m² em autoadensável.

4. Preciso de engenheiro calculista só para escoramento? 

Sim, NR-18 exige profissional habilitado e ART específica.

5. Escoras de alumínio valem o custo extra? 

Quando a obra não dispõe de grua ou precisa de montagem manual ágil, o ganho de produtividade compensa o CAPEX.

Conclusão

O escoramento deixou de ser “custinho temporário” e passou a ser

fator crítico de sucesso. Escolher o sistema correto significa:

• Segurança para equipe e estrutura.

• Prazo reduzido em cada ciclo de laje ou viga.

• Economia real ao evitar retrabalho e desperdício.

A Aquasolis combina estoque nacional, engenharia própria e suporte em campo para garantir que cada escora, torre ou andaime multidirecional trabalhe no limite calculado, nem a mais, nem a menos. Fale agora com nosso time técnico, receba um projeto de escoramento gratuito e descubra como reduzir custos de forma imediata.

Entre em contato ou ligue (31) 3577-4700

Checklist de escolha

1. Calcule cargas (concreto + armação + equipe de trabalho + fatores de impacto - equipamentos)

2. Verifique altura de escora × carga admissível

3. Exija catálogo + ART do fornecedor

4. Planeje logística (quantidade, rotas, prazos de entrega)

5. Defina plano de inspeção por ciclo

6. Treine equipe (montagem e desforma)

7. Faça reescoramento se fck < 70%

8. Documente tudo (NR-18, PPRA, PCMSO)

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